IMPORTÂNCIA DO ARQUIVO UNIVERSITÁRIO

Augisa Karla Boso

Caroline Amanda da Rosa de Souza

Caroline dos Santos Cisne

Joana Paula Coradi

 

Resumo: Os arquivos universitários no Brasil possuem funções específicas que muitas vezes são desconhecidas pela própria instituição. Este artigo aborda as metas da universidade e as funções que exercem os arquivos universitários. Relata um breve histórico destes no Brasil e a sua importância para as universidades. Descreve o arquivo central do Centro de Ciências da Educação – CCE/FAED/UDESC. Constata-se a importância de realizar investimentos nesta área e que muito há para se fazer em termos de melhoria e planejamento. O amplo mercado de trabalho descortina-se no cenário de arquivos universitários no Brasil.

Palavras-chave: Arquivologia; Universidade; Arquivo Universitário.

 

 1 INTRODUÇÃO             

 

A Lei n. 8159, de 8 de janeiro de 1991, em seu art. 2º, refere-se aos arquivos como:

Conjuntos de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades especificas, bem como por pessoa física, qualquer seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos.

 

Estes conjuntos de documentos, independente da natureza ou do suporte, são reunidos ou acumulados ao longo das atividades de pessoas físicas, jurídicas, públicas ou privadas. Dentre os vários tipos de arquivos, destacam-se os universitários, que vêm ganhando importância no Brasil nas últimas décadas. Um Arquivo Universitário é formado pela acumulação dos documentos gerados e/ou reunidos por instituições universitárias, públicas ou privadas, durante seu ciclo de vida.

A Universidade deve ter por meta o desenvolvimento do conhecimento por meio da pesquisa, a transmissão do conhecimento por meio do ensino, a preservação do conhecimento e a difusão do conhecimento por meio da publicação. Nesse sentido, a função do Arquivo Universitário é extremamente importante na vida acadêmica dos alunos e da Universidade, enquanto instituição voltada para o saber científico.

É essencial que a Universidade tenha consciência das funções atinentes ao Arquivo dentro de sua instituição, que devem se estender ao planejamento, implementação e avaliação de um sistema de gestão integral dos documentos ao longo de todo o seu ciclo vital, desde a sua criação nas unidades e serviços, até sua conservação ou eliminação definitiva, sempre de acordo com os critérios técnicos e legais estabelecidos pela Universidade.

O objetivo do artigo consiste em destacar as funções que exercem os arquivos universitários e a relevância destes para as instituições universitárias no Brasil.

A metodologia utilizada para elaboração do estudo foi a revisão de literatura referente à área de arquivologia.

 

2 ARQUIVOS UNIVERSITÁRIOS NO BRASIL

O ensino da arquivologia no Brasil começou a ocorrer de maneira regular e permanente, por volta da década de 1950, e seu desenvolvimento vem acontecendo aos poucos na realidade brasileira. O mesmo pode se dizer em relação aos arquivos universitários, que também estão em processo de desenvolvimento, buscando suas bases conceituais e sustentação teórica.

De acordo com Bottino (1995, p. 61), “a abordagem do tema arquivo universitário na realidade brasileira deve ser vista sob o prisma histórico-contextual do binômio Universidade/Arquivologia.” Os dois estão extremamente ligados, pois é preciso analisar este contexto no qual está inserido o Arquivo Universitário, para encontrar a sua situação atual. Nesse sentido, destaca que:

Ainda há uma fraca relação entre os arquivos e a academia; a percepção de que o arquivo universitário é importante ainda não esta bem conceituada dentro da rotina acadêmica, por isso a arquivologia deve se mostrar essencial na vida da universidade, fazendo com que esta entenda a necessidade de arquivar os documentos de forma correta a fim de se poder recupera-los posteriormente quando se precisar, armazenando-os em arquivos correntes, intermediários e permanentes de acordo com as necessidades da Universidade. (BOTTINO,1995, p.61)

No que diz respeito ao estágio de desenvolvimento dos arquivos no Brasil, pode-se observar, segundo Bottino (1995, p. 62), “que a década de 50 apresenta-se como um marco referencial”, pois foi quando os mesmos começaram a receber um tratamento científico, proporcionando que a área de arquivologia entrasse em expansão.

Para o mesmo autor, na década de 70 aconteceu “[...] o boom da Arquivologia científica no Brasil, vicejando no cenário nacional seu desenvolvimento, liderado pela criação da Associação dos Arquivistas Brasileiros (AAB), em 1971.” (BOTTINO,1995, p. 62-63). A partir deste período, aconteceram várias conquistas na área como a organização de eventos, congressos, incremento de publicações, realização de cursos, valorização do profissional arquivista e, o melhor de tudo, o incentivo à criação de cursos de graduação de Arquivologia. Um ano depois, em 1972, o Conselho Federal de Educação autorizou a criação de cursos de formação de arquivistas em nível superior.

Os arquivos no contexto brasileiro estão progredindo bastante, ainda que seu desenvolvimento tenha ocorrido de forma tardia. Apresenta períodos de grandes conquistas. Esse crescimento não está acontecendo como os arquivistas ou a sociedade em geral interessada gostariam, mas, analisando seu histórico, vê-se que o desenvolvimento da Arquivologia no Brasil está evoluindo gradativamente.

Em novembro de 1991 aconteceu na UNICAMP, em Campinas, São Paulo, o I Seminário Nacional de Arquivos Universitários, considerado um marco na história dos arquivos universitários no Brasil, entretanto sem deixar de lembrar das iniciativas que foram pioneiras anteriormente. Ainda de acordo com BOTTINO, (1995, p. 64):

Outro ponto a ser ressaltado é o que refere à Lei nº. 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados. Pela lei, os arquivos das universidades tanto públicas quanto privadas também estão inseridos neste universo. Por falta de iniciativas mais agressivas no sentido de regulamentar e colocar em prática os preceitos legais vigentes, os arquivos universitários não estão sendo devidamente contemplados.

 

Os arquivos universitários estão inseridos em instituições que mantêm seus arquivos isolados, como por exemplo, o arquivo do setor de pessoal, da reitoria, dos cursos, sendo que todos possuem arquivos correntes somente para atender as necessidades básicas, esquecendo-se da memória das instituições universitárias. Os arquivos permanentes encontram-se muitas vezes em estado precário, porque são mal cuidados e não são preservados seus documentos valiosos.

Os arquivos universitários devem ter uma missão pedagógica e cultural, para atender as demandas de pesquisas e da comunidade em geral. Para que tal aconteça, é necessário que haja organização, e isso pode ser feito por meio da tabela de temporalidade, que deve ser prioridade dentre os arquivos, pois a tabela é responsabilidade do próprio arquivo. Para Bottino ( 1995, p. 66):

Num balanço panorâmico da realidade brasileira, fica evidente o fato que dentre os muitos aspectos que precisam ser levantados, quando se pensa em arquivo universitário, alguns estão sendo abordados, de forma mais adequada e completa por uns, e menos por outros, levando a acreditar que muito ainda esta por se fazer.

 

Apesar das dificuldades decorrentes, há muitos aspectos positivos envolvendo o trabalho e o empenho de profissionais nesta área. É preciso reconhecer seus esforços mediante os resultados obtidos.

A função arquivística tem como um dos seus objetivos facilitar o acesso à informação, tendo como papel fundamental informar e organizar os documentos de forma a garantir que a história e a memória das organizações sejam destinadas com fins de pesquisa histórica e também para a disseminação cultural.

A universidade é destinada a cumprir seu papel de ensino, pesquisa e extensão; por isso há uma grande ligação entre arquivo e universidade; qualquer instituição tem a necessidade de arquivar documentos. Segundo Jilek (s/d???) citado por Belloto (1989, p. 23-24), o papel fundamental dos arquivos universitários é:

1- reunir, processar, divulgar e conservar todos os documentos relativos à administração, histórica e ao funcionamento/desenvolvimento da universidade;

2- avaliar e descrever estes documentos tornando possível seu acesso, segundo as políticas e procedimentos elaborados especificamente para estes fins;

3- supervisionar eliminação, ter o controle da aplicação das tabelas de temporalidade, a fim de que nenhum documento de valor permanente seja destruído.

Disto tudo depreende-se seu segundo grande papel que é o de:

1- fornecer aos administradores as informações requeridas ao menor prazo possível;

2- fazer as demandas de informação e de pesquisa requer-se do serviço de arquivos universitários que proponha e coordene a uniformização de métodos de classificação de documentos dentro das unidades universitárias com afinidade de recuperação acelerada dos documentos necessários aos administradores.

 

As instituições e universidades públicas e privadas devem pensar em um sistema de gestão documental para sistematizar alguns procedimentos administrativos, com o intuito de controlar os documentos, seu emprego e sua destinação. Os arquivos universitários objetivam fornecer para os pesquisadores informações sobre os procedimentos e decisões do passado da universidade.

Segundo Belloto (1989, p. 25), os arquivos permanentes das universidades:

[...] possibilitam eficiência administrativa-acadêmica, informam sobre os procedimentos passados de ensino e de pesquisa; guardam direitos e deveres de professores, alunos e funcionários durante seu tempo de permanência na universidade e mesmo depois dele; finalmente, fornecem dados de toda ordem como “grande capital de experiência”para continuidade institucional da universidade.

Ao analisar os pontos de igualdade entre arquivos e universidades percebe-se a importância dos arquivos para o ensino superior, no qual se identificam cinco vertentes que apresentam estas igualdades. Para Belloto (1989, p. 25) essas vertentes são:

1 Arquivo na universidade enquanto sistema documental oficial da informação administrativa e da científica dentro das próprias unidades e órgãos de direção.

2 Arquivos culturais com fundos e coleções de origem privada e de interesse da comunidade e de história da região. 3 Arquivos da universidade como integrante de um sistema maior dentro da esfera jurídico-administrativa a qual a entidade está ligada.

4 Assistência técnica das universidades aos arquivos públicos especialmente os municipais, tão carentes de recursos e de metodologias atualizadas.

5 Ensino arquivístico em níveis de graduação, pós-graduação, especialização e extensão com que a universidade pode enriquecer a própria área e os próprios profissionais.

 

O arquivo universitário deve ser preservado, por ocupar um papel de grande relevância nas instituições, uma vez que possibilitará a guarda do conhecimento desenvolvido do trabalho intelectual, bem como a preservação histórica do ensino superior.

 


3 DIAGNÓSTICO E ORGANIZAÇÃO DO ARQUIVO CENTRAL DA FAED – FACULDADE DE EDUCAÇÃO – UDESC

 

O Plano de Metas do Governo de Celso Ramos visava à expansão econômica e social do Estado. Neste contexto foi criada, em 1963, a Faculdade de Educação, a partir da implantação do curso de Pedagogia. Em 1973, foram inseridos mais três cursos de graduação: Biblioteconomia, que em 2001 passou a oferecer a habilitação em Gestão da Informação; Estudos Sociais, que em 1989 deu origem ao curso de História e ao curso de Geografia; e Educação Artística, que em 1986 desmembrou-se e ganhou autonomia como Centro de Artes.

Apesar da trajetória de Faculdade implantada na década de 60 e do conseqüente volume de documentos gerados a partir de sua criação, pouco se fez em relação à organização e preservação de massa documental, de valor tanto histórico quanto institucional, sendo instituída em 2002 uma comissão que contou com a participação de docentes, bolsistas e estagiários, com a atribuição de organizar e informatizar os documentos relativos à Secretaria Acadêmica dos cursos de Biblioteconomia, História, Pedagogia e Geografia.

3.1 Diagnóstico do Arquivo Central da Faculdade de Educação - UDESC

 

A Faculdade de Educação (FAED) localiza-se na rua Saldanha Marinho, 196, Centro, Florianópolis, Santa Catarina, e seu arquivo central situa-se no subsolo do prédio sede. Neste espaço estão armazenados os documentos relativos à Secretaria Acadêmica dos cursos de Biblioteconomia, História, Pedagogia e Geografia. De acordo com Sefrim (2004) essa massa documental está definida como em cerca de 16,2 m.

O primeiro passo do trabalho foi substituir o local onde os documentos estavam armazenados, pois o mesmo era totalmente inadequado. Um novo espaço foi adotado, contando com um aparelho desumidificador.

O segundo passo foi o levantamento da massa documental, constatando-se que esta era demasiada numerosa, uma vez que havia muitas duplicatas de documentos que podiam e deviam ser eliminados.

O próximo passo foi a avaliação dos documentos. A identificação e conhecimento do fluxo e dos tipos de documentos foram fundamentais para a redução do volume documental, já que muitos documentos, como duplicatas e atestados de matrículas, tornam-se desnecessários, uma vez que essas informações já constam no histórico escolar do acadêmico.

A etapa da higienização dos documentos foi de fundamental importância, devido às péssimas condições de conservação do acervo, expondo a massa documental a agentes corrosivos e a pragas.

Guiando-se por uma tabela de temporalidade, iniciou-se o processo de seleção e avaliação dos documentos a serem preservados ou eliminados conforme seu grau de importância para a instituição.

A organização dos documentos constituiu-se basicamente na troca das caixas de papelão por caixas poliondas, mais adequadas para armazenar o volume documental dos egressos (concluíram o curso) e dos desistentes (evasão dos cursos).

A etapa do arquivamento constituiu-se em um método simples e eficaz: cada curso recebeu uma pasta com cor específica, facilitando mais tarde a busca e a recuperação dos documentos, além de melhorar o aspecto visual do arquivo.

 

3.2 Etapas do processo de organização

 

Apesar de ter sido um trabalho muito bem feito, devido à precariedade e às condições escassas em que foi realizado, no processo de organização procurou-se observar métodos e técnicas para arquivamento. No entanto, a equipe responsável conseguiu cumprir sua tarefa, criando condições para promover a conservação, guarda, preservação, proteção e acesso aos documentos, levando em conta as diferentes fases do ciclo de vida e sua importância, já que cada documento é único e tem sua finalidade e valor próprio. Preservá-lo, recuperá-lo e disseminá-lo é de extrema importância para a comunidade acadêmica.

 

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

A organização, preservação e manutenção dos arquivos universitários são fundamentais para uma boa conservação do arquivo, de forma a atender as demandas da própria universidade e também como forma de contribuição para a comunidade em geral, pois este arquivo pode servir como fonte de pesquisa.

A memória da instituição é muito importante na conservação dos documentos do arquivo, por isso o empenho e dedicação dos profissionais e da universidade são fundamentais para a vida do arquivo universitário. A implantação e organização dos mesmos, no Brasil, ainda estão em desenvolvimento, sendo que várias universidades ainda não possuem arquivos. Apesar disso, reconhece-se a relevância do arquivo universitário para a instituição.

Neste estudo, foi possível constatar a importância de investimentos nessa área e que muito há para se fazer em termos de melhoria e planejamento. Pode-se ver um amplo mercado de trabalho descortinando-se no cenário arquivístico no Brasil.

Na questão da informatização de arquivos universitários, a precariedade é um pouco maior, já que muitos não constam com sistemas informatizados de preservação, documentação on-line ou instrumentos de pesquisas digitalizados. Mas, por ser um campo que está em crescimento, várias inovações serão feitas, tornando essa área particularmente promissora.

Dessa maneira, percebe-se que a manutenção do arquivo deve ser uma obrigação da universidade para com o passado, o presente e o futuro da instituição e/ou universidade, pois o arquivo poderá gerar estágios e treinamentos para os alunos da área.

O arquivo universitário é de grande importância, pois se vive em uma sociedade globalizada onde o fluxo de informação é abundante. Nesse contexto, o mesmo assume a função não apenas de organizar a informação, mas também de disseminá-la para o público alvo.

 

REFERÊNCIAS

 

BELLOTO, Heloísa Liberalli. Universidade e arquivo: perfil, história e convergência. Transinformação. v.1, n.3, set/dez 1989. p. 15-28.

______, Heloísa Liberalli. Arquivos Permanentes: tratamento documental. 2. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: FGV, 2004.

BOTTINO, Mariza. Arquivos Universitários no Brasil. In: A informação: questões e problemas. Niterói : EDUFF, 1995. p. 61-67.   

FERREIRA, Lúcia de Fátima Guerra. Organização dos arquivos universitários: um desafio. Boletim do Arquivo. São Paulo, v.4, n.2, jul/desz. 2002. p. 29-34.

GLEZER, Raquel. Arquivos universitários: para que? Transinformação. v. 1, n.3, set/dez 1989. p. 29-34.

BRASIL. Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991. Dispõem sobre a Política Nacional de Arquivos Públicos e Privados e dá outras providências. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8159.htm >.

RONDINELLI, Rosely Curi. Gerenciamento arquivístico de documentos eletrônicos: uma abordagem teórica de diplomática arquivística contemporânea. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005.

SCHELLENBERG, T.R. Arquivos Modernos: princípios e técnicos. 5 ed. Rio de Janeiro: FGV, 2005.

SEFFRIN, Cássia; et.al. Gestão de documentos em arquivos universitários: estudo de caso no arquivo central da FAED-UDESC. In: I Congresso Nacional de Arquivologia. Brasília, nov. 2004. Anais... [CD-Rom]

SILVA, Armando Malheiro da; RAMOS, F,R.J; REAL, M.L. Arquivística: teoria e prática de uma ciência da informação. v.1,  2. ed. Porto Alegre: Edições Afrontamentos, 2002.   

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THE IMPORTANCE OF THE UNIVERSITY ARCHIVES

Abstract: Brazilian university archives have specific purposes which, most of the time, are unknown by their own institutions. This paper analyzes the academic institution goals and also the university archives functions. It give a short reports about Brazilian archives history as well the significant role for the university archives. Describe the Records Center from the “Centro de Ciências da Educação – CCE” (Education Sciences Center) Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Importances of investments are evidenced and Brazilian university archives represent a wide opportunity can be improvement and planning for archivists.

Keywords: Archivology; University Archives; University.

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Augisa Karla Boso

Acadêmica do curso de Biblioteconomia da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC - Florianópolis, Santa Catarina.

E-mail: augiza@yahoo.com.br

 

Caroline Amanda da Rosa de Souza

Acadêmica do curso de Biblioteconomia da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC -Florianópolis, Santa Catarina.

E-mail: carolarsouza@yahoo.com.br

 

Caroline dos Santos Cisne

Acadêmica do curso de Biblioteconomia da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC -Florianópolis, Santa Catarina.

E-mail: karoline_cisne@yahoo.com.br

 

Joana Paula Coradi

Acadêmica do curso de Biblioteconomia da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC -Florianópolis, Santa Catarina.

E-mail: joanacoradi@yahoo.com.br

 

Artigo recebido em: 29/08/2006

Aceito para publicação em: 15/12/2006

Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, v.12, n.1, p. 123-131, jan./jun., 2007.