A BRINQUEDOTECA
Márcia Regina de Borja Ramalho
Chirley Cristiane Mineiro da Silva
Resumo:
Inclui alguns conceitos de brinquedoteca, de acordo com autores e pesquisadores
na área. Apresenta a linha do tempo sobre o tema em questão,
identificando vários eventos que propiciaram o desenvolvimento do
movimento de brinquedotecas no mundo. Identifica importantes brinquedotecas
e ludotecas brasileiras. Relata a importância do papel das brinquedotecas
no desenvolvimento infantil.
Palavras-Chave:
Brinquedotecas; Brinquedotecas - Brasil; Tipos de Brinquedotecas
1 INTRODUÇÃO
As brinquedotecas inicialmente foram criadas para o empréstimo de
brinquedos e evoluíram conforme as necessidades dos países,
e a partir desta
expansão passaram a prestar uma diversidade de serviços. A
brinquedoteca espelha
o perfil da comunidade que a criou e estas características estão
relacionadas ao
sistema educacional, valores culturais e aspectos econômicos e sociais
da
comunidade.
Segundo Santos (1995) a brinquedoteca nasceu no século XX e é
uma nova
instituição que garante à criança um espaço
que facilite o ato de brincar. Esse
espaço se caracteriza pela existência de um conjunto de brinquedos,
jogos e
brincadeiras e oferece aos seus usuários um ambiente agradável,
alegre e colorido,
onde a importância maior é a ludicidade que os brinquedos proporcionam.
É um
ambiente criado especialmente para a criança e que possui como objetivos
principais o estímulo à criatividade, o desenvolvimento da
imaginação, da
comunicação e da expressão bem como, incentivar a brincadeira
do faz-de-conta, a
dramatização, a construção, a solução
de problemas, a socialização e o desejo de
inventar. A brinquedoteca coloca ao alcance da criança inúmeras
atividades que
possibilitam a ludicidade individual e coletiva, permitindo que ela construa
seu
conhecimento próprio. Todas as brinquedotecas possuem como objetivo
o
desenvolvimento das atividades lúdicas e a valorização
do brincar,
independentemente do tipo e local onde estejam instituídas, seja numa
escola, num
hospital, num bairro, numa clínica ou numa universidade. A brinquedoteca
mostra
o perfil da comunidade que lhe deu origem, tendo cada uma função
estabelecida,
onde o acervo de jogos e brinquedos são utilizados para atingir os
objetivos
propostos.
Para Negrine (1997) a brinquedoteca pode ter várias funções,
entre elas, a
pedagógica e a social. No que se refere à brinquedoteca infantil,
pode-se afirmar
que, ao jogar a criança constrói conhecimento, pois o jogo
possibilita a
transformação dos processos mentais elementares em superiores.
O brincar
propicia criação e recriação.
De acordo com Santos (1995, 1997) as brinquedotecas são classificadas
em
relação a diversos fatores tais como situação
geográfica, cultura e tradição, sistema
educacional adotado, espaços e materiais disponíveis e os serviços
prestados.
Porém, independentemente do tipo, o fator primordial é o aspecto
lúdico o qual
assegura o direito da criança de brincar. As brinquedotecas de escolas
estão em
instituições que trabalham com educação infantil
e objetivam suprir as
necessidades de materiais no tocante ao desenvolvimento da aprendizagem.
Estas
brinquedotecas de instituições de educação infantil
se caracterizam pela formação
de um acervo que é utilizado na própria sala de aula, onde
as crianças brincam.
Após a utilização dos brinquedos e jogos, estes retornam
à sala de guarda do
acervo. A dinâmica é semelhante à da biblioteca.
Para Kishimoto (1998) normalmente são creches, escolas maternais e
jardins de infância que adotam brinquedotecas com fins
pedagógicos. Existem também colégios que as implantaram
visando possibilitar apoio aos professores. São brinquedotecas que
possuem jogos no acervo e espaço livre para brincar, suprindo as necessidades
docentes.
A brinquedoteca na escola também possui a função social
de integração
filhos/pais/comunidade. Possibilita a educação aos pais dos
alunos. Quando os pais
observam as brincadeiras de seus filhos, passam a conhecê-los melhor
e aprendem
a escolher os brinquedos que lhes são mais adequados.
A brinquedoteca surgiu da valorização do brinquedo, tendo como
objetivos
básicos o empréstimo de brinquedos e a criação
de espaços destinados à exploração
lúdica.
2 O QUE É BRINQUEDOTECA?
Nos países de língua inglesa estes espaços são
chamados de "toy-library"
(biblioteca de brinquedo), nos países de língua francesa "ludothèque",
"lekoteks"
na Suécia e no Brasil brinquedoteca ou ludoteca
A Associação Brasileira de Brinquedotecas (ABB) conceitua brinquedotecas
como espaços mágicos destinados ao brincar das crianças
e alerta para o fato de
que não podem ser confundidas com um conjunto de brinquedos ou depósito
de
crianças, pois a criação de uma brinquedoteca está
sempre ligada a objetivos
específicos tais como sociais, terapêuticos, educacionais, lazer,
etc.
Tisuko Morshida Kishimoto, em entrevista na data de 23 de setembro de
1999, por ocasião da inauguração do museu do brinquedo
da Universidade Federal
De Santa Catarina, no auditório do museu de antropologia Oswaldo Rodrigues
Cabral, em Florianópolis, definiu brinquedoteca como um espaço
de animação
sócio-cultural que é encarregado da transmissão da cultura
infantil como também
pelo desenvolvimento da socialização, integração
social e construções das
representações infantis.
Para Cunha (1997) a brinquedoteca é o espaço destinado a estimular
um
brincar livre. Em linhas gerais, pode-se definir brinquedoteca como uma nova
forma de aprender brincando, muito embora o termo brincadeira signifique
assunto
sério.
Segundo Friedmann (1998) brinquedoteca é um espaço especialmente
preparado para que a criança seja estimulada a brincar, através
do acesso a uma
variedade de brinquedos, dentro de um ambiente lúdico. É um
espaço que convida
a sentir, experimentar e explorar.
De acordo com Santos (1997) a brinquedoteca é um espaço que
oferece
condições para a formação da personalidade e
é onde são cultivadas a criatividade
e a sensibilidade. Na brinquedoteca, as crianças são livres
para descobrir novos
conceitos, realizar experiências, criar seus próprios significados
ao invés de apenas
assimilarem os significados criados por outros indivíduos..
Segundo Almeida (1997) a brinquedoteca é um espaço para liberdade,
alegria e resgate do brincar.
De acordo com Solé (1992), brinquedoteca é um local onde a
criança obtém
brinquedos por empréstimo ou onde pode brincar no próprio local,
com o apoio de
um ludotecário.
Ramalho (2000) define brinquedoteca como um local mágico que convida
a
criança a brincar, livremente ou com auxílio de adultos, com
vistas à construção da
cidadania, criatividade, socialização, afetividade, auto-estima,
raciocínio lógico,
desenvolvimento das capacidades motoras, memória, percepção,
imaginação, senso
de organização e assimilação cultural.
Existem vários tipos de brinquedoteca, porém um objetivo comum
pode ser
apontado que é o desenvolvimento infantil. Para Negrine (1997), a
brinquedoteca
pode ter várias finalidades quanto ao aspecto lúdico, por exemplo:
brinquedotecas
especializadas que apenas se ocupam do empréstimo de brinquedos; outras,
por sua
vez, também especializadas para atender crianças na primeira
infância; outras
destinadas a atender o público infantil ou adolescente, como também
brinquedotecas para adultos ou pessoas da terceira idade.
Para Ramalho (2003) a principal diferença entre as brinquedotecas
brasileiras e as estrangeiras é que no nosso país a atividade
de empréstimo de
brinquedos e livros é pouco realizada. A brinquedoteca é um
espaço que tem a
finalidade de propiciar estímulos para que a criança possa
brincar livremente e se
desenvolver numa forma lúdica, por algumas horas diárias. Pode-se
considerar que
a brinquedoteca é um agente de mudanças, em relação
ao aspecto cognitivo, social,
físico e educacional.
Segundo a caracterização de Kishimoto (1998) as brinquedotecas
podem
ser:
a ) Brinquedotecas escolares: são organizadas em um setor
da
escola, os alunos brincam e escolhem os jogos e brinquedos.
Possui a função basicamente pedagógica;
b) Brinquedotecas comunitárias: servem determinadas
comunidades, funcionando como bibliotecas circulantes, em um
caminhão ou ônibus que leva brinquedos a diferentes locais.
As
crianças podem, por um determinado período de tempo, ter
contato com diversos brinquedos. Mantidas por associações,
prefeituras ou organizações sem fins lucrativos, permitem à
criança um espaço para expressar a cultura infantil e propiciam
a
integração social;
c) Brinquedotecas hospitalares: instituídas em um departamento
do hospital onde as crianças hospitalizadas têm a disposição
brinquedos, que podem ser levados ou não para os leitos
dependendo das condições clínicas do paciente. Auxiliam
na
recuperação e amenizam o trauma psicológico da hospitalização
através de atividades lúdicas;
d) Brinquedotecas universitárias: organizadas no ambiente
universitário para funcionar nos moldes de uma biblioteca de
brinquedos e materiais pedagógicos, para uso dos profissionais
da educação e pesquisadores. Tem como objetivo fornecer
subsídios para a prática pedagógica através dos
brinquedos,
desenvolvendo pesquisas que ressaltem a importância dos jogos
e brinquedos para a educação;
e) Brinquedotecas em bibliotecas: organizadas e mantidas por
bibliotecas públicas ou particulares. No Brasil, em geral, não
realizam empréstimo de brinquedos. Em bibliotecas públicas,
geralmente são instituídas através de campanhas de doações
de
brinquedos. Utilizam o espaço com liberdade para a criança
brincar com brinquedos artesanais, confeccionados em oficinas
oferecidas pela própria biblioteca ou com brinquedos mais
sofisticados, tais como os eletrônicos.
Há também brinquedotecas para crianças portadoras de
deficiências físicas
ou mentais; brinquedotecas para teste de brinquedos; brinquedotecas em clínicas
psicológicas; brinquedotecas em centros culturais; brinquedotecas
temporárias, etc.
A brinquedoteca passou a ser conhecida e mais amplamente divulgada na
Europa, a partir dos anos 1960 e, no Brasil, em 1980, estimulando instituições
a
destinarem a atenção ao brincar.
3 LINHA DO TEMPO
No ano de 1976 foi realizado o primeiro Congresso Internacional em
Londres sobre brinquedotecas.
Em 1979 foi editado o livro material pedagógico: manual de utilização,
publicado pelo ministério de educação e cultura (MEC)
e Fundação Nacional se
Material Escolar (FENAME), apresentado em 1981, no segundo Congresso
Internacional realizado na Suécia, em Estocolmo, causando surpresa
devido ao
nível dos trabalhos desenvolvidos no Brasil.
Em 1985 foi fundada a Associação Brasileira de Brinquedotecas
(ABB), por
professores e profissionais da área de educação. É
uma entidade sem fins lucrativos
que objetiva desenvolver trabalhos relativos à criança e ao
brinquedo.
Em 1985, com a criação da Associação Brasileira
de Brinquedotecas houve
uma expansão quanto à criação de brinquedotecas
no nosso país. Até 1995 o Brasil
contava com aproximadamente 180 brinquedotecas, em diferentes Estados, de
vários tipos e funções.
Em 1987 no Congresso Internacional realizado em Toronto, no Canadá,
questionou-se sobre a adequação do nome "bibliotecas de brinquedos"
pois esse
termo não representava adequadamente outras finalidades dessas instituições.
Em Turim, Itália, no ano de 1990, durante o 5° Congresso Internacional
de
Brinquedotecas, foi lançado o livro Toy libraries in an international
perspective
(editado na Suécia) com relato de trabalhos desenvolvidos em 37 países.
No ano de 1993, ocorreu o Congresso Internacional de Melbourne,
Austrália, juntamente com o Congresso da Associação
Internacional pelo Direito
da Criança ao Brinquedo (IPA).
Em 2001 projetos, programas, instituições e sites são
divulgados na web
sobre o tema, sendo assim, um meio mais abrangente para veicular informações
a
respeito da criança e do brinquedo.
O primeiro periódico nacional sobre brinquedoteca foi editado em São
Bernardo do Campo, São Paulo, pela secretaria da educação
daquela cidade,
intitulado "O brinquedista", hoje ele é editado pela ABB.
De acordo com Friedmmann (1998) a primeira brinquedoteca surgiu em
1934, em Los Angeles, nos EUA e em 1963 a Suécia inaugurou a sua primeira
brinquedoteca em Estocolmo, organizada por professoras, com o objetivo de
orientar e realizar empréstimo de brinquedos a famílias com
filhos excepcionais
visando estimular o brincar. A partir de 1967, surgiu na Inglaterra as primeiras
toy
libraries (bibliotecas de brinquedos) com o objetivo de conceder empréstimo
domiciliar de brinquedos aos seus usuários. A França teve sua
primeira ludoteca
em 1967.
Em 1973, em São Paulo, a Associação de Pais e Amigos
dos Excepcionais
(APAE), implantou sua ludoteca, com o objetivo de realizar um rodízio
de
brinquedos entre as crianças, favorecendo o brincar em família
(SANTOS, 1995).
Em 1981, a Escola Indianápolis, em São Paulo, cria a primeira
brinquedoteca brasileira, com objetivos distintos das toy libraries e com
características relacionadas às necessidades específicas
das crianças brasileiras,
priorizando o ato de brincar, realizando empréstimo de brinquedos
e dando
assistência direta à criança.
Segundo Friedmann (1998), no ano de 1982, em Natal, Rio Grande do
Norte, surge a primeira brinquedoteca daquele Estado, através da iniciativa
de uma
professora de excepcionais.
A Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo
(USP) inaugurou a
sua brinquedoteca em 1985 vinculada ao laboratório de brinquedos e
materiais
pedagógicos (LABRIMP).
O LABRIMP, sob a coordenação da professora Tisuko Morshida
Kishimoto,
possui, além da oficina de criação de brinquedos, uma
biblioteca, o museu do
brinquedo e uma brinquedoteca contendo os cantinhos especiais, visando favorecer
as brincadeiras através do mundo do faz de conta. Os brinquedos estão
dispostos
em cantos temáticos, visando estimular a livre expressão das
crianças,
representação do imaginário, interação
social, estruturação da personalidade e
desenvolvimento da linguagem.
Em 1996 a brinquedoteca da Escola Municipal Pedro Ernesto, no Rio de
Janeiro, é implantada, através de um projeto de autoria das
educadoras Edith
Lacerda, Maria do Carmo Cardoso e Nathercia Lacerda (equipe veredas). O
objetivo do trabalho foi a criação e construção
de brinquedos com os alunos da
própria escola, onde o brinquedo e a criança assumem papel
central no resgate à
brincadeira da cultura brasileira, através, principalmente, da utilização
de materiais
recicláveis. A brinquedoteca carretel da folia também é
um espaço que possibilita a
pesquisa sobre o Brasil e suas raízes culturais.
De acordo com Lacerda (1999), o projeto brinquedoteca na escola
consolidou-se dentro da Escola Municipal Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro,
em
1998, quando ganhou asas para levar a experiência para outras instituições,
criando
uma rede de parcerias.
Ramalho (2000, p. 1) comenta que “[no] Brasil, o jogo, o brinquedo e a
brincadeira começaram a ser encarada com seriedade recentemente, porém
muitas
pessoas ainda não atribuem o valor real neles implícitos, em
relação ao
aprendizado e ao desenvolvimento global do indivíduo [...]”.
Além das brinquedotecas já citadas, outras também estão
marcando sua
trajetória em prol do desenvolvimento global da criança, através
das propostas e
objetivos específicos. Por exemplo: brinquedoteca da Fundação
Catarinense de
Educação Especial/Florianópolis, brinquedoteca da Pastoral
da Criança,
brinquedoteca do SESI/IJUÍ, brinquedoteca espelho mágico do
SESC/Alegrete,
rede de brinquedotecas da Legião da Boa Vontade (LBV), brinquedoteca
participativa da Prefeitura do Recife e a brinquedoteca Narizinho do Hospital
Municipal Ermelino Matarazzo, em São Paulo, inaugurada em setembro
de 2002.
A Prefeitura Municipal de Florianópolis criou em 2000 a
Cidade da Criança (hoje Complexo Ilha Criança) e projetos que
propiciam atendimento a crianças, adolescentes e suas famílias,
na
área social e psicológica, visando à minimização
dos problemas
relacionados ao risco social em Florianópolis.Um dos projetos que
se
destacam é o Florir Floripa. (RAMALHO, 2003).
Segundo Ramalho (2003) a brinquedoteca da cidade da criança foi
inaugurada em 11 de outubro de 2001, quando um coral de meninos e meninas
cadastrados no projeto Florir Floripa apresentaram a canção
“Aquarela”, de
autoria dos compositores Vinicius de Moraes e Toquinho.
O Hospital Municipal de Ermelino Matarazzo realiza internação
de
aproximadamente 150 crianças por mês. A brinquedoteca Narizinho,
têm suas
paredes decoradas com adesivos de personagens infantis. A iniciativa partiu
dos
próprios pediatras do hospital. O espaço é supervisionado
por 17 voluntários. No
acervo, além de jogos e brinquedos, existem livros, televisor e videocassete.
Os
brinquedos foram doados pela Associação dos Funcionários
do Grupo
Santander/Banespa e pelo comitê Betinho.
A brinquedoteca participativa é um projeto da Prefeitura do Recife
e através
do orçamento participativo do órgão; através
de plenárias a população decide como
e onde será aplicado o dinheiro arrecadado.
Um desafio da Prefeitura do Recife era evitar a evasão das mulheres
nas
plenárias, pois muitas mães não tinham onde deixar seus
filhos nos horários das
reuniões. Sendo assim, foi criada a brinquedoteca participativa com
o objetivo de
entretenimento e desenvolvimento das crianças enquanto as mães
discutem as
prioridades da comunidade na certeza de que seus filhos estão seguros,
fazendo
amigos, tendo contato com a cultura e adquirindo novas experiências,
com
supervisão de adultos. É uma brinquedoteca onde caixas guardam
brinquedos,
jogos, tintas, papéis coloridos e instrumentos musicais.
4 CONCLUSÃO
A brinquedoteca tem sido entendida como um novo pensar pedagógico
pois
a criança aprende enquanto brinca. Através do jogo, do brinquedo
e da brincadeira
a criança se desenvolve espontaneamente, formando seus pontos de vista,
aprendendo a aceitar regras do jogo, aceitando a opinião dos parceiros,
tomando
iniciativa e decisões, habilidades necessárias ao adulto criativo,
crítico, competitivo
e flexível numa sociedade globalizada e que exige profissionais empreendedores
em troca da abertura de um mercado de trabalho promissor.
É necessário auxiliar no desenvolvimento social, principalmente
com
relação às classes menos favorecidas e a brinquedoteca
possibilita um caminho
para o desenvolvimento infantil através das atividades lúdicas
realizadas visando à
formação de cidadãos.
Portanto, cabe a sociedade discernir estes conhecimentos para ampliar os
estudos referentes as brinquedotecas, conduzindo assim meios que possam
possibilitar às crianças um futuro com oportunidades promissoras.
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______. Atividades lúdicas. In:_______(Org). O lúdico na
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SOLÉ, M. de B. O jogo infantil: organização das
ludotecas. Lisboa: Instituto de
Apoio à Criança, 1992.
_________________
TOY LIBRARY
Abstract: Expose some concepts about toy library. It presents the
review on the
subject, identifying some events that had propitiated an development of the
toys
libraries movement in the world. Identifies some projects of toys libraries
in
Brazilian called “ludotecas”. Give an importance about toys libraries at
the
childhood development cognition process.
Keywords: Toy library; Toy library - Brazil; Toy library – kind
_________________
Márcia Regina de Borja Ramalho
Doutora em Engenharia de Produção e Sistemas pela Universidade
Federal de
Santa Catarina
Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal
de Santa Catarina
Especialização em Biblioteconomia pela Universidade Federal
de Santa Catarina
Rua Padre Roma, 241 – Ed. Ayrton Ramalho, Centro – Florianópolis -
SC
Telefone: (48) 225-4423
E-mail : mtbr@matrix.com.br
Chirley Cristiane Mineiro da Silva
Bacharel em Biblioteconomia pela Universidade Federal de Santa Catarina
Rua Furtado, 213 – Bairro São Luís , São José
– 88106-800 - SC
Telefone: (48) 247-0456
E-mail: chirley@brturbo.com.br
Rev. ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis,
v. 8, p. 26-34, 2003.