COMUNIDADE DOS DEFICIENTES VISUAIS DA GRANDE FLORIANÓPOLIS E O
SETOR BRAILLE DA BIBLIOTECA PÚBLICA DO ESTADO DE SC
Alzemi Machado
Maria Lourdes Blatt Ohira
Resumo
Esta pesquisa tem como objetivo conhecer o deficiente visual da região
da grande Florianópolis, caracterizando-o e identificando-o do ponto
de vista sócio-econômico e de suas demandas e expectativas em
relação à biblioteca e aos serviços oferecidos
pelo setor Braille da Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina.
INTRODUÇÃO
Feche os olhos. Agora caminhe em torno de sua casa... Vá para as ruas..
para o trabalho... Aproxime-se das pessoas para conversar, entre numa loja,
num escritório... Vá a banca de revistas... Você deve
ter percebido que algo mudou.
Ao nos defrontarmos no dia a dia com deficientes visuais, temos a sensação
de pena, de querer fazer as coisas para eles. Podemos até pensar que
esses cidadãos são pessoas incapazes. No entanto, o deficiente
visual é um ser capaz, dotado de capacidade intelectual e racional,
de senso crítico, igual a qualquer pessoa. Contudo existem barreiras,
preconceitos e desinformações que o impedem de uma efetiva
socialização e reintegração na sociedade.
Pensando nesse segmento da população, apresentamos este estudo
que tem como objetivo saber quem é o deficiente visual da região
da Grande Florianópolis, como ele se posiciona na sociedade, seu nível
de escolaridade, como também, verificar como utiliza os serviços
e recursos oferecidos pelo setor Braille da Biblioteca Pública do
Estado e, se este setor supre as suas necessidades e expectativas em relação
à informação.
O presente projeto de pesquisa foi elaborado como requisito final da disciplina
"Estudo de Comunidade" ministrada no curso de graduação em
Biblioteconomia da Universidade do Estado de Santa Catarina.
REVISÃO DE LITERATURA
No Brasil são poucas as pesquisas efetuadas a respeito da comunidade
de deficientes visuais. O deficiente visual não pode ser considerado
como ser incapaz, ele é apenas portador de uma deficiência,
possuindo a mesma capacidade para participar do desenvolvimento sócio-econômico
e cultural, do seu país.
Rabelo (1989), observa que "durante vários anos os deficientes físicos
e mentais não eram considerados cidadãos, não tinham
acesso à educação e ao trabalho e, portanto, não
possuíam direitos políticos e sociais." Percebe-se pela afirmação
do autor que os deficientes ao longo dos anos, foram vítimas, por
parte da sociedade, de ações marginalizadas, excluindo-os de
uma integração cultural, social e econômica.
A partir da promulgação da Constituição Brasileira
em 1988, foi assegurado a todos os deficientes igualdade de direitos no trabalho,
proteção e integração social, educação
especial, entre outros. Isto nos autoriza a dizer que os deficientes ocuparam
um espaço político na sociedade, conquistando o direito legítimo
de cidadãos, pelo menos dentro do campo jurídico.
Veiga (1983) salienta que: "O Brasil pode orgulhar-se de ter sido o primeiro
país da América a ter a educação dos cegos decretada
pelo governo. No plano de concessões de direito, a legislação
brasileira é satisfatória. No nível de regulamentação
as lacunas são numerosas."
Concordando com o autor, observa-se uma distância muito grande entre
a realidade vivenciada pelo deficiente visual, à medida que:
"No Brasil de hoje, a educação especial em suas
linhas gerais, visa os mesmos objetivos da educação geral,
ou seja, visa usufruir e formar o deficiente de forma integrada, desde o
jardim de infância até a universidade, proporcionando condições
que favoreçam a integração do deficiente visual na sociedade,
onde irá conviver e trabalhar. Para que esta educação
possa ocorrer, alguns requisitos são necessários: um professor
habilitado, conteúdos curriculares adequados, metodologia e/ou técnicas
metodológicas específicas e materiais ou equipamentos apropriados
de ensino" (Rabelo apud Gouvea, 1986).
A prática nos mostra que, a realidade nem sempre atende os requisitos
previstos na lei. O estudo de Ventura (1993) vem comprovar nossa colocação.
"Em 1970, foi matriculada na Escola Básica Barreiros Filho,
em Floria-
nópolis, a primeira aluna cega na rede regular de ensino. Houve muita
resistência da direção, do corpo docente e discente.
Não bastassem estes transtornos às primeiras salas de recursos
implantadas foram destinadas as piores dependências da escola, como
sótão, junto a banheiros e aqueles espaços que todos
rejeitavam, com instalações precárias e inadequadas,
despreparo de professores e a falta de material didático-pedagógico".
Veiga (1983) acrescenta que "em todos os níveis de ensino o deficiente
se depara com um problema básico: a existência de material não
compatível com sua limitação". A aplicação
de determinadas ações educativas, envolve os aspectos sociais,
psicológicos, políticos e profissionais, cuja soma vai dar
a cidadania aos indivíduos.
A partir dessa afirmação, pergunta-se: será que a sociedade
de maneira global (Estado, instituições, empresas, comunidade,
família, bibliotecas etc) estão permitindo que os deficientes
visuais tenham acesso à educação, cultura, profissão
e lazer?
Segundo dados fornecidos pela Associação Catarinense para Integração
dos Cegos/ACIC, existem em Florianópolis três salas de recursos
aclopadas às escolas básicas, que prestam atendimento educacional
especializado ao deficiente visual. Apesar de alguns esforços, percebe-se
que o Estado não oferece as condições mínimas
(equipamentos, material didático, etc), restringindo o acesso ao conhecimento
e ao saber, impedindo-o de uma integração cultural, econômica
e social.
Esse problema torna-se maior na educação de nível superior,
onde o acesso dos deficientes visuais às profissões liberais
é limitado entre outros fatores, pela falta de material didático
e a quase total ausência de apoio institucional ao universitário.
Algumas universidades já demonstram a preocupação com
o universitário deficiente visual, através da implantação
de programas específicos.
A Universidade Federal da Paraíba, em recente evento da área
de Automação de Bibliotecas, apresentou um projeto que tem
como objetivo a automação do setor Braille da Biblioteca Central
daquela universidade, com a operacionalização de videotexto
e áudio vídeo texto direcionados para a educação,
a cultura, a informação e o lazer. (Pereira, 1994). Encontramos
nessa Biblioteca, o projeto "Texto Falado" que pretende dinamizar o desempenho
operacional do setor Braille, a fim de oferecer um serviço centralizado
e eficaz de informações no que se refere a textos gravados
em fitas cassetes, atendendo, desta forma, a clientela cega universitária
e os interesses das pessoas portadoras de deficiência na tentativa
de diminuir a limitação do acervo cultural das bibliotecas
em Braille. (Silva, 1991)
Em decorrência das dificuldades encontradas pelos deficientes visuais
em adquirir livros didáticos, literários e outros materiais
tão necessários para suprir as suas necessidades de informação,
educação escolar, recreação, surge a Biblioteca,
que através do setor Braille tem a função de fornecer
serviços e recursos informacionais a este segmento da população.
"as bibliotecas constituem-se os meios mais eficientes para reintegração
do cego à vida ativa, e a realização de um trabalho
útil dentro de suas possibilidades intelectuais e psíquicas.
... as bibliotecas para cegos apresentam características peculiares
quanto a objetivos acervo, serviço e pessoal" (Jaeger, 1985).
"A Biblioteca Braille, como qualquer outro tipo de biblioteca,
deve ser um centro de informação e lazer que visa atender as
necessidades informacionais da comunidade, neste caso específico,
a comunidade deficiente visual. Devido ao seu tipo de usuário, a biblioteca
deve atuar para a integração do deficiente na comunidade em
que vive e oferecer oportunidade de desenvolvimento intelectual e social"
(Nagahama, 1986).
Percebemos .através dos conceitos, que a biblioteca Braille assume
importância fundamental na vida escolar e mesmo social, do deficiente
visual, oferecendo através dos diversos serviços, condições
para o desenvolvimento e aprimoramento cultural. A biblioteca Braille deve
possuir um acervo de materiais especiais que proporcione ao deficiente momentos
de lazer e de instrução, como jogos, máquinas de datilografia
especiais com adaptação para o Braille, aparelhos para o uso
de deficientes visuais (calculadoras e computadores que reproduzem a fala
humana). Para isto, deverá acompanhar o desenvolvimento da ciência
e da tecnologia nessa área.
Algumas iniciativas já demonstraram as tentativas de aprimorar os
serviços prestados aos usuários deficientes visuais, destacando-se
o convênio formalizado em 1992 entre a Universidade de São Paulo
e a Prefeitura do Município de São Paulo, através da
Biblioteca Braille, que instituiu o Programa Disque Braille que tem como
objetivo formar um catálogo coletivo de obras aos portadores de deficiência
visual da grande São Paulo, pretendendo-se uma expansão a outras
regiões do Estado. O programa se propõe a atender consultas
por telefone, correspondência ou pessoalmente para localização
das informações bibliográficas das referidas obras.
(Krzyanowski, 1994)
A implantação de programas de Biblioterapia, definida como
"um processo onde o deficiente visual lê materiais bibliográficos
ou autobiográficos sobre cegos com o propósito de examinar
a situação de sua própria vida em vista do que lê"
é preocupação do Instituto do cegos Adalgisa Cunha da
Paraíba. A implantação de um programa de Biblioterapia
proporcionará à comunidade de deficientes visuais um maior
conhecimento de Biblioterapia, no sentido de lhes oferecer subsídios
para uma melhor resolução de seus problemas e necessidades.
(Pereira, s.d)
O Setor Braille da Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina,
criado no início da década de 70, conta em seu acervo com obras
de cunho didático para o primeiro e segundo graus, literatura infantil
e adulto, dicionários e revistas, além de jogos recreativos
(dominó e dama). Atualmente oferece também o estúdio
de gravação que tem a função de colocar ao deficiente
visual fitas cassetes (livro falado) de literatura brasileira e catarinense.
DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
Associação Catarinense para Integração dos
Cegos - ACIC
ACIC - Associação Catarinense para Integração
dos Cegos, é uma entidade civil fundada em 18 de julho de 1977 com
sede e fórum na cidade de Florianópolis - SC. Tem por objetivo
congregar os deficientes visuais de todo o estado, acima da faixa etária
de 14 anos, prestando assistência social, educativa, jurídica
e profissional. Objetiva também a integração e a reabilitação
do cego na sociedade.
O quadro associativo é composto de cerca de 280 deficientes visuais,
sendo que 150 estão localizados na região da Grande Florianópolis.
Setor Braille da Biblioteca Pública do Estado
A Biblioteca Pública é uma instituição governamental,
fundada em 31 de maio de 1854, sendo vinculada à estrutura organizacional
da Fundação Catarinense de Cultura, e localizada na rua Tenente
Silveira, 69, Centro, Flo-rianópolis-SC.
De acordo com as informações constantes no relatório
da Biblioteca Pública (1994), o setor Braille foi criado no início
da década de 70, pertencente à Biblioteca Pedagógica.
A partir de 1979, passa a fazer parte da Biblioteca Pública do Estado,
resultado da fusão entre as duas.
Situada no terceiro pavimento, seu horário de funcionamento é
de segunda à sexta feira, das 13:30 às 19:00 horas. Instalada
numa sala de 40 m2, sob a coordenação de uma funcionária
(não bibliotecária), que presta atendimento aos usuários.
O seu acervo é composto de 1862 livros, contendo obras de cunho didático
(1- e 2a graus) literatura infantil e adulto, dicionários e revistas,
alér jogos recreativos (dominó e dama). A partir de 1889, inaugurou
um estúdi gravação, tendo a função de
gravar fitas cassetes (Livro Falado), serviço edi ado por voluntários.
Conta atualmente com 30 títulos, sendo que 11 título literatura
brasileira e 19 títulos de literatura catarinense. O usuário
pode so tar também empréstimo de livro falado cedido pela Fundação
Dorina, lo< zada em São Paulo, via setor Braille.
Entre os seus equipamentos, constam duas máquinas de escrita Bra duas
máquinas (elétrica e manual) denominadas Reglate e Punção,
utilizí para quem não domina a datilografia e duas unidades
Sorobã - instrumi que auxilia na efetuação de contas
matemáticas.
O Setor Braille conforme dados estatísticos do ano de 1994, regisi
20 leitores, 247 consultas e 115 empréstimos.
OBJETIVOS
Objetivo Geral:
. Identificar e caracterizar a comunidade de deficientes visuais da gi de
Florianópolis, dentro do ponto de vista sócio-econômico
e de suas demandas e expectativas em relação ao setor Braille
da Biblioteca Pública do Estado de SC.
Objetivos Específicos
- Conhecer o deficiente visual, caracterizando-o
e identificando-o do ponto de vista sócio-econômico.
- Conhecer os serviços e recursos oferecidos aos
deficientes visuais pelo Setor Braille da Biblioteca Pública do Estado.
- Identificar suas demandas e expectativas em relação
aos serviços oferecidos pelo Setor Braille da Biblioteca Pública.
- Detectar que tipo de informação ele busca
e seu interesse pela Biblioterapia.
- Propiciar a leitura de informação utilitária
e de lazer à comunidade deficientes visuais.
DEFINIÇÃO DOS TERMOS
Estudo de Comunidade: Estudo de comunidade é uma investiga de primeira
mão, uma análise e coordenação dos aspectos econômicos
e sociais e de outros aspectos interrelacionados, de um grupo selecionado.
(Figueiredo, 1979)
Comunidade: Comunidade pode ser considerada como uma reunião total
de idéias, interesses e recursos, em determinado espaço, em
que as pessoas buscam soluções dos seus problemas para realização
do bem comum. (Duckworh, 1991)
Educação Especial: É o ramo da pedagogia que estuda
e reúne os métodos e processos adequados aos indivíduos
que não podem se beneficiar apenas do ensino comum, pois necessitam
de orientação e de recursos especiais para atingirem o rendimento
máximo de suas potencialidades. (Machado, 1971)
Deficiente: É aquela pessoa portadora de um conjunto de características
anátomo-fisiológicas e/ou psicológicas, que afinal caracteriza
seu quadro de deficiência. (Omote, 1987)
Deficiente Visual (cego): É a pessoa que tem pouca visão remanescente
útil, que necessita usar o sistema Braille para ler.
Sistema Braille: Produção de material informacional, ou seja,
a transcrição de livros comuns para o sistema Braille de escrita.
Biblioteca Pública: É uma instituição democrática
de educação, cultura e informação, deve atingir
todas as categorias da população a partir de suas necessidades.
Deverá oferecer informação sob qualquer forma, respondendo
as demandas da população. Deverá propiciar a todos o
livre acesso aos registros do conhecimento, das idéias do homem e
às expressões de sua imaginação criadora. (UNESCO)
Serviços e recursos informacionais: São todas as atividades
desenvolvidas na Biblioteca, tendo como objetivo atender aos usuários
na busca de informações. Produção de material
informacional, ou seja, a transcrição de livros comuns para
o sistema Braille de escrita, e a gravação de livros em fitas
cassetes.
Biblioteca Braille: A biblioteca Braille, como qualquer outro tipo de biblioteca,
deve ser um centro de informação e lazer que visa atender às
necessidades informacionais da comunidade. Nesse caso específico,
à comunidade deficiente visual. Devido ao seu tipo de usuário,
a biblioteca deve atuar para a integração do deficiente na
comunidade em que vive e oferecer oportunidade de desenvolvimento intelectual
e social. (Nagahama, 1986)
Setor Braille. É um dos setores existentes nas bibliotecas públicas,
tendo a função de atender aos usuários com deficiência
visual. Deve estar estruturado para fornecer informações através
de equipamentos e materiais especiais.
Biblioterapia: É um processo onde o deficiente visual lê materiais
biográficos ou autobiográficos sobre cegos com o propósito
de examinar a situação de sua própria vida em vista
do que lê. Método importante tanto para o aumento do acervo
de informação de um cego como para a sua motivação,
vivência e adequação ao seu próprio ambiente psicossocial.
METODOLOGIA
Para melhor conhecimento da comunidade de deficientes visuais da Grande Florianópolis,
foram realizadas entrevistas em caráter informal com lideranças
e profissionais de comprovada atuação na área de estudo,
como o Presidente da ACIC, e duas funcionárias vinculadas à
respectiva Associação, que prestaram informações
muito valiosas contribuindo para o desenvolvimento desta pesquisa.
O acesso a dados cadastrais da comunidade a ser investigada proporcionou
maiores informações em relação às necessidades
e problemas dos deficientes visuais, além das ações
de trabalho que são desenvolvidas pela entidade.
A análise documental compreendendo a leitura de artigos de periódicos
da área, livros, relatórios da Biblioteca Pública e
o cadastro da Acic, permitiram melhor compreensão da realidade do
deficiente visual, tão marginalizado pela nossa sociedade.
Instrumento de coleta de dados
Para a obtenção dos dados, será utilizada a entrevista
estruturada, consistindo na aplicação de um Formulário
(em anexo), agrupando-se as variáveis a serem investigadas em três
módulos distintos, dentro dos objetivos que requer o estudo:
- identificação e caracterização da comunidade:
sexo, idade, naturalidade, local de residência, grau de instrução,
renda, número de dependentes, profissão, estado civil;
- identificação das necessidades de informação,
lazer e cultura: tipo de
informação, forma de utilização dos
recursos informacionais, preferências
literárias;
- serviços e recursos oferecidos pelo setor Braille;
frequência à bibliote
ca, serviços mais utilizados, motivo que utiliza a biblioteca e se
esta supre as
necessidades e expectativas dos deficientes visuais.
População e Amostra
O Banco de Dados existente na ACIC, registrou um universo populacional em
torno de 150 deficientes visuais com idade superior
a 14 anos, residentes na região da Grande Florianópolis.
A população que será investigada, através da
aplicação de Entrevista, acompanhada do Formulário,
será de 60 deficientes, selecionados através de amostra aleatória
(ordenação numérica dos cadastros dos deficientes) totalizando
uma amostragem de 40% do universo populacional.
CONCLUSÃO
A oportunidade de se realizar uma pesquisa desta natureza, como uma atividade
prática desenvolvida durante o Curso de Graduação em
Biblioteconomia, proporciona ao aluno melhor formação profissional
e vem reforçar o papel da Universidade como um centro de ensino, pesquisa
e extensão, na qual se propicia o conhecimento e a propulsão
do saber, com função social de repassar à sociedade
os estudos e experiências desenvolvidas em seus laboratórios
e em salas de aula.
Pretendemos com os resultados desta pesquisa, levantar alguns tópicos
para reflexão, e propor sugestões para que os serviços
oferecidos pela Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina aos
deficientes visuais, possam receber do Estado, instituições
governamentais e privadas, Cursos de Biblioteconomia e da sociedade em geral,
apoio em todos os aspectos visando uma melhor integração desta
comunidade à sociedade.
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Alzemi Machado
Aluno do Curso de Graduação em Biblioteconomia da Universidade
do Estado de Santa Catarina. Trabalho apresentado à disciplina estudo
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Maria Lourdes Blatt Ohira
Professora do Curso de Graduação em Biblioteconomia da Universidade
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